terça-feira, 26 de outubro de 2010

A formatação do plantel encarnado

Em 2009/10, um dos méritos de Jorge Jesus foi o de saber potenciar as características dos jogadores à sua disposição. Sem perder o sentido do coletivo, o técnico maximixzou as qualidades de jogadores como David Luiz, Fábio Coentrão, Ramires, Di María, Cardozo e mesmo Aimar.

O amadorense pegou no plantel que herdou de Quique Flores, juntou-lhe novos elementos, baralhou e voltou a dar. Ou seja, sem abdicar das suas convicções e ideias, colocou os jogadores no devido sítio. O resultado foi evidente: o Benfica tornou-se numa galinha dos ovos de ouro, tal a cobiça que os seus jogadores despertaram nos colossos europeus e o que a SAD da Luz já ganhou em transferências e ainda pode vir a encaixar.

A verdade é que Jesus perdeu dois elementos importantes do processo ofensivo (Di María e Ramires), como lembrou o próprio treinador na véspera do encontro da 8.ª jornada, quase quatro meses depois de ter iniciado a pré-temporada… sabendo que o argentino e o brasileiro não fariam parte do grupo que orienta.

Jesus recusa-se a estabelecer comparações com a última temporada, alegando que os jogadores não são os mesmos. Tem razão. Mas insiste em manter o Benfica formatado ao esquema que tão bons resultados deram em 2009/10. Ora Gaitán e Carlos Martins, os jogadores que mais têm atuado nos lugares dos agora jogadores do Real Madrid e Chelsea, não têm as mesmas características. Até por isso, valeria a pena reprograma o computador da Luz e criar um novo código para as águias. Ou, pelo menos, ensaiar um plano B.

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