sexta-feira, 18 de junho de 2010

Entrevista a Fábio Coentrao no jornal Público

Foi uma das figuras da selecção portuguesa no jogo de estreia, frente à Costa do Marfim (0-0), mas reconhece que, em termos colectivos, "as coisas não correram nada bem". E aponta a ansiedade como uma das causas para uma exibição pouco conseguida.


Entrevista a Fábio Coentrão:

Como é que viu esta sua estreia num Mundial?
- Foi uma estreia tranquila. Não a que desejava, porque queria uma vitória. Não foi possível. A equipa tentou tudo, mas as coisas não correram nada bem. Agora temos de pensar no próximo jogo.

O que faltou a Portugal para ganhar, até porque não teve muitas oportunidades?
Foi um jogo complicado. Eles eram 11 atrás da bola, à espera do contra-ataque, e isso complicou. Queríamos ir para a frente, mas sempre a pensar na defesa, porque não queríamos sofrer golos. Se sofrêssemos um golo, as coisas ainda ficavam mais complicadas. Isso não é desculpa. Devíamos ter feito mais um pouco.

O Fábio foi menos ofensivo neste jogo com a Costa do Marfim. Foi para evitar dar espaço nas costas aos adversários?
Toda a gente sabe que o meu jogo passa muito por jogar ofensivamente. Não foi possível, mas eu sou defesa-esquerdo e tenho de pensar primeiro em defender e só depois em atacar. Estava a defender bem, mas não foi possível atacar mais vezes, porque o jogo não permitiu isso.

Portugal sentiu dificuldades em atacar. A Coreia pode optar por uma estratégia mais defensiva. O que pode Portugal mudar para ganhar?
As equipas são diferentes. Este foi o primeiro jogo do Mundial e, de alguma forma, os jogadores ficam ansiosos. Foi isso que aconteceu. Como toda a fala que não vamos longe, que não chegamos a lado nenhum, se calhar essa ansiedade de querer mostrar [serviço] a toda a gente que pensa isso foi um factor que complicou o jogo. Se ganharmos na segunda-feira, damos um bom passo para a segunda fase.

Este resultado pode transformar a diferença de golos em algo decisivo. Ganhar à Coreia e tentar marcar muitos golos é uma pressão acrescida?
Não. Só dependemos de nós. Quando se depende de outros é que é complicado. Temos tudo nas mãos, se ganharmos à Coreia. Temos de pensar é em dar todos mais um bocadinho.

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