sexta-feira, 4 de março de 2011

Minervino Pietra. "Quando vejo o Fábio Coentrão lembro-me de mim"

Houve um homem que esteve nas 18 vitórias seguidas de 1982 e nas 18 agora repetidas pelo Benfica. Minervino. Quem? Pietra, treinador-adjunto de Jorge Jesus


(...)


Acompanha todos os dias o trabalho de Jorge Jesus e viveu o tempo de Eriksson: é possível fazer alguma comparação?
Sabe que hoje o trabalho é todo muito diferente, embora o fenómeno ou o jogo sejam muito semelhantes. Penso que a comparação possível se faz ao nível da organização - não escapa um único detalhe.


Então diga lá o que lhe passa pela cabeça quando vê o Fábio Coentrão marcar um golo? Lembra-se de si?
Olhe que eu não ia falar sobre isto, você é que perguntou! É interessante que faça essa pergunta porque quando vejo o Coentrão lembro-me muitas de mim: o Fábio Coentrão chegou muito jovem ao clube, como eu; jogava como médio mas passou a defesa, como eu; é magrinho, não é o protótipo do atleta, como eu não era; mas admiram-se com o facto de ter tanta raça e ser tão rijo, como comigo. Somos parecidos em muitos aspectos... o Fábio Coentrão leva uma electricidade impressionante ao jogo. É engraçado, somos muito parecidos. Ah, só gostava de fazer uma ressalva: ele tem um pé esquerdo muito melhor que o meu [gargalhada]... Ah, mas o meu direito também é melhor!



Pietra, como é que vai acabar esta temporada? Igual à de Eriksson é complicado, porque no campeonato o Benfica está a oito pontos do FC Porto.
Nós acreditamos que vamos acabar por conquistar as provas que ainda podemos discutir. O campeonato não depende só de nós, será difícil, mas aí estamos para o que puder acontecer.

Depois de tantas vitórias, um dia vem inevitavelmente uma derrota. E aí o que diria Eriksson?
Nada de especial, talvez algo até bastante simples, como lembrar que "não há equipas invencíveis". E depois continuar a jogar da mesma forma.

E pronto, aí está Pietra. Esta época pode sempre ganhar um título impossível no tempo de Eriksson: a Taça da Liga, que não existia. Para isso basta vencer a final com o Paços de Ferreira, que ontem eliminou o Nacional na Choupana, com um surpreendente 4-3.





Fonte: Ionline

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