domingo, 7 de novembro de 2010

Choque frontal

Elementos fundamentais nas estratégias de cada uma das equipas, Hulk (FC Porto) e Fábio Coentrão (Benfica) fazem incidir sobre si o brilho intenso dos holofotes de um clássico que, nos últimos anos, se transformou, por direito próprio, num dos mais apaixonantes jogos do campeonato português.

Um choque frontal entre dois dos mais inebriantes executantes da competição que, por circunstâncias técnico-tácticas, podem mesmo protagonizar um dos duelos mais aliciantes do jogo do Dragão.

Com um desempenho notável na Liga, Hulk tem sido mesmo a figura da competição, revelando, ao longo da prova, uma sensacional eficácia concretizadora que se traduz, nas nove jornadas já cumpridas, em oito golos que lhe garantem a liderança, confortável, de A Bola de Prata (o também portista Silvestre Varela e o vila-condense João Tomás estão à distância de três golos).
Jogador explosivo, tecnicamente imprevisível nas situações de um-para-um e com uma capacidade física impressionante, o internacional brasileiro tem sido uma das referências atacantes do 4x3x3 que André Villas Boas sistematizou e que assegura ao FC Porto o melhor ataque (20 golos) e a defesa menos batida (4 golos sofridos) da Liga.

Técnica, táctica e fisicamente, Fábio Coentrão cresceu muito nas duas últimas temporadas, sob as ordens de Jorge Jesus, tornando-se num dos melhores laterais esquerdos da actualidade no panorama futebolístico europeu. Não surpreendo que seja, por estes dias, um nome muito sublinhado nos mais endinheirados emblemas do velho continente.

Rápido e decidido sobre a bola, Fábio Coentrão tem sido a unidade benfiquista de rendimento mais uniforme neste início de época. Alta produção, a defender e a atacar, assumindo, muitas vezes, as despesas de todo o corredor esquerdo. Uma seta apontada à baliza de Helton.

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