Fábio Coentrão e Sílvio, 22 e 21 anos, respectivamente, são dois dos rostos mais visíveis da renovação em marcha na Selecção Nacional. As chamadas ao grupo de jogadores escolhido para a dupla jornada de ataque à fase de qualificação para o Europeu de 2012, ontem com Chipre, na terça-feira com a Noruega, são o corolário do excelente momento de forma de ambos, tendo em conta o trabalho feito nos respectivos clubes, Benfica e Sporting de Braga.
A chamada dos dois à Selecção representa, por outro lado, um reencontro. Há somente dois anos, Sílvio e Fábio Coentrão partilhavam o balneário do Rio Ave, numa altura em que o agora jogador do Benfica ainda não actuava na posição de defesa-lateral esquerdo. Era então um médio-ala ou extremo.
Um ano mais novo do que o colega, Sílvio foi agora chamado pela primeira vez ao espaço da Selecção. Tendo em conta a renúncia recente de Paulo Ferreira à turma das quinas e a idade de Miguel, Sílvio perfil-se para ser, no futuro, a mais credível alternativa a Bosingwa. Ou até mais do que isso, pois não se sabe como vai regressar o jogador do Chelsea após tão prolongado afastamento dos relvados.
Já Fábio Coentrão, a manter a actual ‘pedalada’, será o dono da ‘lateral-esquerda’ durante muitos anos. Até porque desde há muito tempo se notava, no futebol português, um défice de soluções para a posição. Coentrão, de resto, foi figura relevante no recente Mundial da África do Sul. Portugal está servido de ‘laterais’ para o futuro.
O Rio Ave da época 2008/2009 não ‘deu’ ao futebol português somente Fábio Coentrão e Sílvio. Outros dois jogadores desse plantel deram o pulo para dois ‘grandes’: o defesa-central Fábio Faria está no Benfica e Miguel Lopes, que também foi pretendido pelos ‘encarnados’, acabou por assinar pelo FC Porto, tendo recentemente sido cedido por empréstimo ao Bétis, da segunda liga espanhola.
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