domingo, 12 de setembro de 2010

Benfica ainda pode revalidar titulo

A malha aperta-se, mas a margem ainda não se esgotou. O Benfica, considerando as últimas quatro edições do campeonato desde que a prova passou a ser disputada em 30 jornadas, ainda está dentro dos limites permitidos para conquistar o título, muito embora não seja recomendado mais deslizes, não vá a concorrência aproveitar-se.

A Liga emagreceu em 2006/07, época em que os FC Porto cortou a meta em 1.º lugar, depois de ter deixado escapar 21 pontos. O saldo final era de 69, mas foi quanto bastou para os dragões festejarem o título. Tratou-se de uma vitória ao “sprint”, já que os leões somaram 68 pontos e as águias 67.

Na temporada seguinte, a formação da Invicta passou a barreira dos 70 pontos (75), mas seria penalizada com a perda de 6 pela Comissão Disciplinar da Liga. Porém, a margem era tão confortável que esse castigo não desviou o título do Dragão para Alvalade – o Sporting totalizara 55 pontos.
Em 2008/09, o FC Porto voltou a ser mãos largas. Deixou voar duas dezenas de pontos. Foi o quanto baste para conquistar o tetra. E isto porque o leão foi ainda mais perdulário – alcançou 66 pontos.

A temporada passada foi notável para os encarnados. Na estreia como treinador do Benfica, Jorge Jesus alcançou marcas históricas, como há muito não se viam na Luz. E festejou com um novo máximo. “Fizemos 76 pontos e isso é um recorde com 30 jogos”, observou o técnico, de 56 anos, depois da vitória (2-1) frente ao Rio Ave, na última jornada do campeonato. Isto enquanto o Sp. Braga de Domingos arrecadava 71 pontos.

A defesa do cetro começou mal, no entanto. Em quatro jornadas, os encarnados perderam 9 pontos, ou seja, mais de metade dos que deixou fugir em 2009/10. Isto no prior arranque de sempre das águias no campeonato. Nos anais da história, não há registo de três desaires sofridos nas primeiras quatro jornadas. A margem, em função dos exemplo relatados, ainda permite o erro. As sirenes de alarme ainda não soaram, mas deixam os lisboetas de sobreaviso.

Sem comentários:

Enviar um comentário