Há 24 anos, Paulo Futre era uma das jovens estrelas de Portugal presentes no Mundial do México. Hoje, o craque nascido no Montijo, está no Mundial da África do Sul mas como comentador da estação de televisão Al Jazira. E se há alguém que possa analisar com saber o que se passa num Mundial e com a Seleção Nacional esse alguém é Futre, que tem visto Portugal "a mostrar que pode ir longe".
Num primeiro balanço ao que já viu, Futre não tem grandes dúvidas em apontar um nome em destaque. "O Fábio Coentrão é, para já, a revelação do Mundial. Tem sido excelente em todos os capítulos e não se deve esquecer que já defrontou grandes avançados. É o mais novo da equipa e faz-me lembrar o que eu vivi no México, onde também era o mais novo, mas não tive, nem eu nem a equipa, a felicidade que o Fábio tem agora ao poder seguir em frente. Espero que ele continue assim, aguerrido, forte a defender, personalizado no ataque, porque será um sinal positivo para a Seleção Nacional", vaticinou o antigo extremo esquerdo.
A Espanha, adversária de Portugal nos oitavos-de-final, é uma equipa poderosa mas, ainda assim, ao alcance de Portugal, garante Futre. "É, claramente, um jogo com 50 por cento de favoritismo para cada lado. A Espanha tem um ataque muito poderoso, mas o Fernando Torres parece que ainda não está no seu melhor e isso sempre afecta o rendimento. Em contrapartida, Portugal tem uma defesa muito sólida e por isso o embate será equilibrado. Nas actuais circunstâncias, penso que Portugal tem melhores condições de vencer do que se o jogo tivesse sido há dois anos", sublinhou.
Vencendo a Espanha, Portugal pode, então, sonhar com a final, acredita Futre. "Ainda há várias equipas fortes pelo caminho, mas passando a Espanha, o adversário seguinte será o Paraguai ou o Japão e nesse caso não tenho dúvidas que vamos pelo menos às meias-finais", garante.
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