Fábio Coentrão está confiante numa boa campanha lusa em terras africanas. O jogador do Benfica acredita que a Selecção tem capacidade para fazer um excelente Mundial e até chegar ao título mais cobiçado no mundo do futebol.
«A nível pessoal, um bom Mundial seria ter a minha oportunidade e, depois de estar dentro de campo, fazer o que sei melhor que é jogar. A nível colectivo, todos sabem que o Mundial é muito complicado, tem excelentes selecções e a nossa é uma delas. Por que não sermos campeões do mundo?», perspectivou o jogador, nesta terça-feira, à margem de uma acção no Hospital Privado da Boa Nova, em Matosinhos, onde nascerá a Vitória, sua filha.
No primeiro teste de preparação para a maior competição do mundo, a formação portuguesa não teve o melhor desempenho. O empate a zero frente a Cabo Verde deixou muito a desejar, mas será que a Selecção perdeu crédito junto do público?: «Acho que não perdeu crédito por um jogo mau. É verdade que não correu nada bem e empatar com Cabo Verde não é um bom resultado. O campeonato acabou há algum tempo e estamos a ganhar ritmo novamente. Não ganhámos o jogo mas ganhámos, precisamente, esse ritmo.»
Coentrão jogou a lateral esquerdo, posição com que se destacou no Benfica. Depois de uma vida a extremo, o internacional pisa agora terrenos mais recuados, fruto da descoberta de Jorge Jesus.
«O Jorge Jesus percebeu que eu renderia mais a lateral esquerdo e o que fiz foi concentrar-me nisso. Toda a gente sabe que joguei a minha vida toda a extremo. Gostei da experiência a lateral esquerdo e como as pessoas têm constatado tenho trabalhado muito para fazer o meu melhor nessa posição», considerou.
Mas acredita Fábio Coentrão na titularidade no Mundial? «O lugar na África do Sul não é meu. A nossa Selecção tem excelentes jogadores, há muita qualidade no grupo. Sei que é muito complicado esse lugar ser meu, mas, como tenho dito, trabalho com um objectivo apenas, jogar. Desde o início do estágio tenho trabalhado para chegar ao primeiro jogo e ser titular, mesmo sabendo das dificuldades que tenho pela frente», argumentou o esquerdino.
Fábio Coentrão foi um dos melhores no encontro de preparação com Cabo Verde, apesar do desgaste da temporada que, no seu caso, não foi perceptível.
«Desde que acabou a época ainda não parei. Só parei no dia 10 que foi a data do meu casamento. Dia 11 já estava a trabalhar outra vez. Por acaso, fisicamente senti-me bem, apesar de as coisas não terem corrido bem à equipa. A resistência é uma das minhas características», finalizou.
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