A novela está a repetir-se exactamente um ano depois. Só muda a personagem principal, que agora é Fábio Coentrão. De resto, o enredo é em tudo semelhante ao que envolveu Di María no último defeso, com José Mourinho e Cristiano Ronaldo a servirem de motor para o desenrolar da história e a escolherem o mesmo momento para abrir o livro de intenções. Por isso, e não só, muito dificilmente o lateral-esquerdo do Benfica não irá vestir a camisola do Real Madrid na próxima temporada. Até financeiramente o processo é semelhante: Di María rendeu cerca de 30 milhões de euros ao Benfica - com possibilidade de chegar ainda aos 36 milhões -, Fábio Coentrão deverá render mais 30 milhões ou não ficar longe disso, quer o defesa-central Garay seja ou não incluído no negócio. E com isto, os desejos de Mourinho vão, pois, dar perto de 60 milhões de euros à SAD encarnada.
Ao que O JOGO apurou, o negócio deve oficializar-se na próxima semana, passado o jogo de Portugal com a Noruega.
Depois de o próprio jogador ter assumido o desejo de representar os merengues e de Cristiano Ronaldo ter vindo a público apoiar a sua transferência, anteontem foi a vez de José Mourinho entrar em acção admitindo que gostaria de contar com o internacional português.
"É um jogador que me agrada há algum tempo e tem características importantes no futebol actual. Joga em quase todas as posições e, na formação do plantel, onde vou ter muitas exigências, ter um jogador deste tipo era um bónus. Mas é do Benfica e, com jogadores de outros clubes, não nos metemos e não tocámos até acertarmos com o clube", declarou o treinador português em entrevista ao canal espanhol Cadena Ser.
E os desejos de José Mourinho são normalmente uma ordem dentro do clube madridista. Aconteceu no defeso passado com Ricardo Carvalho, Ozil, Khedira e, claro, Di María. E mais recentemente, também com Sahin. Na transferência de Di María, também Ronaldo elogiou o argentino, seguindo-se Mourinho. E o próprio jogador cedo assumiu o seu entusiasmo com a transferência.
Fonte: O Jogo
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