"Fábio Coentrão caía como uma luva na Juventus." Esta é a convicção de Gonçalo Brandão, que no último verão esteve a um pequeno, muito pequeno mesmo, passo de se transferir para a Vecchia Signora. O jogador português, há três temporadas no Siena, participou na digressão de fim de época da Juve, mas lesionou-se com gravidade, acabou por ser operado ao tendão de Aquiles do pé direito, ao quarto jogo e o negócio não foi para a frente.
Gonçalo Brandão reconhece que perdeu uma boa oportunidade de dar um salto importante na sua carreira, mas ao saber do interesse do emblema de Torino no lateral-esquerdo das águias, voltou a sorrir... "Fiquei muito satisfeito com essas notícias. Não tenho dúvidas de que o Fábio seria uma grande contratação para o clube. Aliás, a Juventus está mesmo a precisar de um defesa-esquerdo e então se fosse um com a sua qualidade, melhor. Nesta altura, está a jogar o Grosso, que é a última opção para o lugar. O Fábio é um dos melhores da Europa e, naturalmente, tem lugar em qualquer equipa", sublinhou o também lateral-esquerdo, revelando um conhecimento profundo sobre as necessidades actuais da Juve. "É verdade que estão à procura de um jogador para reforçar essa posição porque os potenciais titulares estão lesionados e o Grosso atravessa um período complicado até na relação com os adeptos", explicou, destacando as características que mais aprecia em Fábio Coentrão: "É um jogador moderno, com experiência, tecnicamente muito evoluído e que joga de forma apaixonada. Tem também a sorte de ser treinado por Jorge Jesus, um técnico que eu conheço bem [dos tempos do Belenenses] e que é um amante da táctica. Aliás, os seus treinos são muitos idênticos ao que se faz aqui em Itália. As ideias são muito semelhantes", acrescentou o jogador.
Gonçalo Brandão recorda que as mudanças implicam sempre alguns problemas, mas até a esse nível Coentrão está blindado, garante o jogador: "Tem uma personalidade muito forte, é agressivo, o que é determinante para participar num campeonato como este. Aqui [Itália], as pessoas têm menos paciência com os jogadores do que em Portugal", revela o craque do Siena. Brandão tem 24 anos (dois anos mais velho do que o canhoto da Luz) mas cruzou-se com o benfiquista nas selecções mais jovens e ficou sempre com uma boa impressão deste.
"Não jogávamos na mesma selecção porque ele é mais novo do que eu, mas, por vezes, o Fábio ia treinar connosco e desde muito cedo que percebemos que se tratava de um óptimo jogador e muito boa pessoa. É sempre gratificante para qualquer jogador ter a seu lado um elemento como o Fábio Coentrão.
Fonte: O Jogo
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