sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Duelo entre Coentrão e Hulk

Três razões para Hulk levar a melhor sobre Coentrão

Estatísticas: melhor marcador do campeonato (8 golos), líder no número de remates (40), fulgurante no índice de assistências (3). Potência pura, arrasadora, figura maior do F.C. Porto e da Liga. Quem consegue bloquear a força viva que é Hulk? Fábio Coentrão? Nem ele.

Desequilibrador nato: a pergunta que se impõe vai ainda mais longe: quem, como Hulk, é capaz de desequilibrar de forma tão brilhante na Europa? Quem, como Hulk, consegue galgar metros atrás de metros, parar para beber um café e chegar ainda à frente do marcador directo? Quem, como Hulk, remata com tanta violência à baliza contrária? Quem, como Hulk, dribla, levanta a cabeça e finaliza banhado em classe? São demasiadas perguntas para um parágrafo só, mas a resposta esgota-se numa palavra. Ninguém.

Saudavelmente imperfeito: Givanildo Veira de Souza, 24 anos, não é ainda um jogador perfeito. Não, não é. Mas quantos foram capazes de atingir a perfeição na História do futebol? Hulk já é, nesta altura, um dos dez avançados mais interessantes do planeta. O passo seguinte é convencer, em definitivo, o seleccionador do Brasil. Essa é a última prova a arrombar pelo gigante verde no caminho do reconhecimento absoluto.

Em conclusão: se há jogador com capacidade para resolver o clássico, esse jogador é Hulk. Se não o fizer, será sempre por culpa própria.


Três razões para Coentrão levar a melhor sobre Hulk

Estatuto (de) internacional. Ao contrário de Hulk, Fábio Coentrão tem sido presença indispensável na respectiva selecção. Um factor que pode até não fazer a diferença ao nível da confiança, mas que tem contribuído para que o assédio dos «tubarões» europeus ao jogador do Benfica seja ligeiramente superior. A «montra» do Mundial 2010 foi muito bem aproveitada por Fábio Coentrão, que tem, por estes dias, um estatuto internacional diferente, ainda que a qualidade de Hulk esteja à vista de todos.

Palco preferido para marcar. Por incrível que pareça, Fábio Coentrão marcou ao F.C. Porto um terço do total de golos que soma na Liga. O esquerdino já festejou nove vezes no principal escalão do futebol português, três das quais no Estádio do Dragão. Dois tentos com a camisola do Nacional, em 2007/08, e um pelo Rio Ave, na época seguinte. Se esta época já marcou o primeiro golo pelo Benfica na Liga (frente ao Marítimo), e conseguiu os primeiros tentos na Liga dos Campeões (com o Lyon), Coentrão vai querer voltar a marcar à «vítima» preferida.

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