sábado, 28 de agosto de 2010

Benfica vence o Setubal por 3-0 com o heroi Roberto

Não há dúvidas de que o futebol é um mundo apaixonante. Pródigo em emoções, capaz de proporcionar as reviravoltas mais inesperadas e irónicas. É certo que cada jogo é uma história, mas uns ficam mais na história que outros. E este é daquelas que custam a esquecer. Foi no meio de uma verdadeira montanha-russa de emoções que o Benfica voltou à Liga. Resta saber se é um regresso em definitivo.

Sempre se ouviu dizer que nem tudo está mal quando se perde, nem tudo está bem quando se ganha. O Benfica ainda está longe do nível exibido na época passada, e há vários aspectos a corrigir, mas este triunfo sobre o Vitória de Setúbal (3-0), o primeiro da época, pode marcar um ponto de viragem. Desta vez os adeptos benfiquistas voltam para casa de sorriso nos lábios. Até Roberto se transformou em herói!

O guarda-redes espanhol do Benfica dominou todas as conversas futebolísticas da semana, mas está visto que não vai entregar a titularidade assim tão facilmente. Relegado para o banco, desta vez, ficou apenas 24 minutos sentado, de braços cruzados. Um desentendimento entre Maxi Pereira e Júlio César precipitou a expulsão do guarda-redes brasileiro, em quem Jesus tinha apostado.

No momento em que pouca ou nenhuma responsabilidade lhe era imputada, o espanhol respondeu à altura. O vilão virou herói. Roberto defendeu a grande penalidade de Hugo Leal e segurou a vantagem que o Benfica tinha conquistado logo aos quatro minutos, com um golo de Cardozo.

A grande penalidade recuperou Roberto, mas «queimou» a estreia de Salvio. O argentino foi titular, do lado direito, mas Jesus sacrificou-o para a entrada do guarda-redes. Aimar passou a jogar sobre a direita, mas mesmo em inferioridade numérica o Benfica aumentou a vantagem à beira do intervalo. O golo de Luisão, na sequência de um canto, permitiu ao campeão nacional ir para o descanso bem mais tranquilo.

Jesus aproveitou a margem para reequilibrar a equipa, fazendo entrar Rúben Amorim para o lugar de Saviola. Aimar voltou para a zona central, e foi a partir dessa posição que marcou o terceiro golo. Gaitán, que já tinha feito a assistência para o primeiro golo, voltou a estar em destaque, ainda que desta vez tenha aparecido um desvio incompleto do guarda-redes sadino, pelo meio.

Mesmo a jogar em inferioridade numérica durante muito tempo, o Vitória raramente conseguiu incomodar o Benfica. Tirando dois remates de longe de Ney Santos, Roberto acabou por ter uma noite tranquila, à medida das suas necessidades. Com os índices de confiança mais estabilizados, o guarda-redes tem tudo para iniciar uma nova fase de águia ao peito. Tudo está nas suas mãos (literalmente).

Equipas:


BENFICA: Júlio César; Maxi, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi García, Eduardo Salvio, Gaitán e Aimar; Saviola e Cardozo.
Suplentes: Roberto, César Peixoto, Sidnei, Rúben Amorim, Salvio, Franco Jara e Weldon.

V. SETÚBAL: Diego Costa; Ney, Ricardo Silva, Anderson do Ó, Collin e Miguelito; José Pedro, Hugo Leal, Zeca e Silva; Sassá.
Suplentes: Getúlio Vargas, Michel, François, Regula, Jaílson, Pimenta e Henrique. 23:19 - 28-08-2010

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