Lateral português
"reforçou" o estatuto de mal amado em Madrid após o jogo em Munique,
apesar de Mourinho ter elogiado o compatriota.
Fábio Coentrão vive tempos
difíceis em Madrid, onde tarda em justificar os milhões investidos pelo Real
Madrid na sua contratação, depois do internacional português ter brilhado ao
serviço do Benfica e da seleção nacional. O erro defensivo que cometeu e que
resultou no 2-1 para o Bayern Munique, no jogo da primeira mão das
"meias" da Champions, reacendeu a contestação ao "Figo das
Caxinas".
A fraca exibição do lateral
português, que "deixou" Marcelo no banco de suplentes, mereceu,
curiosamente, elogios do técnico José Mourinho. Alguns adeptos do Real Madrid
não tardaram, no final da partida, em recuperar a reportagem publicada no
jornal espanhol El País, em março passado, que dizia que Coentrão era
o "protegido de Mourinho."
Escreveu o jornal, citando um
jogador que não se quis identificar, que "o Real Madrid já perdeu jogos
por causa de Coentrão, mas como faz parte do grupo de 'protegidos' de
Mourinho o técnico procura outros culpados." No grupo dos
"protegidos", recorde-se, enquadravam-se ainda Di Maria, Cristiano
Ronaldo e Pepe.
Os adeptos do Real Madrid lamentaram
que os merengues tenham contratado o "Fábio Coentrão do Saragoça, e
não o do Benfica", lembrando a má época que o português fez na sua
primeira aventura em Espanha. Há quem apele, inclusive, para os dirigentes
trocarem os passes de Coentrão por Capdevila. Um negócio que - não é
difícil adivinhar - não seria mal visto aos olhos de grande parte dos adeptos
do Benfica, que não esquecem um dos "meninos queridos" da Luz. Em
Espanha, ninguém esquece o lateral esquerdo que se sagrou campeão europeu e
mundial pela roja.
Na imprensa madrilena, os jornais
Marca e AS não hesitam em apontar Coentrão como o principal
responsável pela derrota em Munique, embora realçem a importância do golo de
Özil (assistido por Cristiano Ronaldo), que deixa a eliminatória em aberto para
o Santiago Bernabéu.
Fonte: DN
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