O desaire em França foi nada menos do que o sexto em 12 jogos oficiais (metade, portanto), o que está longe de ser normal para o Benfica e, sobretudo, para o Benfica campeão nacional que em 2009/10 ganhou também a Taça da Liga e chegou aos quartos-de-final da Liga Europa - só a eliminação precoce da Taça de Portugal constituiu verdadeira desilusão.
Nos 51 jogos oficiais da época passada, as águias só somaram seis derrotas, tantas quanto já registam nesta fase, e se é verdade que há atenuantes - a presença de jogadores no Mundial da África do Sul, as partidas de pedras nucleares como Di María e Ramires e o mau arranque de Roberto que custou pontos (os responsáveis do clube queixam-se ainda das arbitragens, com razão no caso do jogo de Guimarães) - também é facto que esses factores não justificam tudo.
Falhar no básico e no difícil
Das seis derrotas, cinco verificaram-se fora de portas (a outra foi na Luz, com a Académica), o que significa que o Benfica de Jorge Jesus ainda só obteve um sucesso nas seis deslocações até aqui efectuadas nas diferentes frentes. Foi na Madeira, diante do Marítimo (1-0).
Se os desaires com Académica, Nacional e V. Guimarães, em tão curto espaço de tempo, têm de ser considerados anormais (e custaram nove pontos na Liga), há outra conclusão que surge como evidente: nos três desafios mais exigentes da época, por serem jogados fora da Luz e contra adversários teoricamente complicados - falamos de FC Porto, para a Supertaça (campo neutro), e do Schalke e do Lyon para a Champions - a equipa de Jorge Jesus não esteve à altura das exigências. Frente aos portistas e aos franceses foram mesmo noites para esquecer, só em Gelsenkirchen as águias deram um ar da sua graça, apesar de o desfecho ter sido idêntico. Nessas partidas, aliás, o Benfica nem sequer conseguiu marcar qualquer golo.
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