Uma análise superficial aos números da vitória encarnada dá um diagnóstico assente na eficácia. O Benfica rematou menos que o Paços de Ferreira (15 contra 17), mas marcou 2 golos contra zero do adversário. Aliás, a equipa de Rui Vitória alvejou mais vezes a baliza de Roberto que Sp. Braga e Sporting (11 remates) e bateu esses números ainda antes do intervalo (12 tiros aos 45’). Nunca, esta época, um visitante tinha disparado tanto na Luz.
Mas o feito pacense tem de ser analisado à luz da visita ao Porto, na próxima jornada. A licença para atirar concedida pelos encarnados tem correspondência na menor agressividade evidenciada. O Benfica cometeu apenas 12 faltas (um recorde esta temporada) e neste capítulo Luisão (0), Maxi (0) e Javi (1) – jogadores que estavam em risco para o Dragão – revelaram enorme disciplina.
Inclinado à esquerda
Mesmo sem rematar tanto, o Benfica dominou, com mais posse de bola (59%) e com mais ataques (90 contra 61). Neste capítulo, os encarnados voltaram a privilegiar os flancos, em particular o esquerdo (43 iniciativas contra as 30 efetuadas pelo lado direito). Um facto que pode ser explicado pelo regresso de Coentrão ao onze. Jesus colocou-o em funções mais ofensivas, mantendo César Peixoto como lateral (fórmula adotada frente ao Sporting) e voltou a tirar dividendos. O penálti que deu origem ao 2-0 nasceu de uma falta sobre Coentrão.
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