segunda-feira, 6 de junho de 2011

Josefina Coentrão: "Seria um sonho para o meu filho ir para Madrid"

A vida da família Coentrão não foi um mar de rosas. Os seus pais tiveram que emigrar para França quando ele tinha 14 anos. O pequeno Fábio insistiu em ficar ao cuidado da sua tia para poder continuar a jogar futebol. Os seus pais levaram os seus outros filhos, António e Rui, que agora vivem e trabalham em França. Em contrapartida, o salto ao estrelato de Coentrão no Benfica permitiu trazer de volta a Vila do Conde os seus progenitores.

O extremo cresceu no bairro das Caxinas, a pequena localidade de pescadores, que é perto do Porto. “O seu pai trabalhou toda no mar”, disse a sua mãe, Josefina, a AS. “Transportava bacalhau ao Canadá para as tropas daquele país. Eu trabalhava numa fábrica de conservas. Para nós é uma grande alegria ver o nosso filho triunfar no Benfica. Não sei se é verdade ou não que ele vá para Madrid mas de certeza que o meu filho cumpriria o seu sonho jogando nessa equipa. É o melhor que lhe podia acontecer”, continua Josefina. “Quando esteve pior foi em Saragoça, em 2008. Mas no Benfica as pessoas estão como locas com ele”.

O esforço dos seus pais impediu que Fábio passasse dificuldades. “Posso garantir que sempre foi um rapaz muito humilde, apesar de que toda a gente sabe que quando ele era pequeno era reguila”. O lateral benfiquista tem uma cicatriz na cara como lembrança de uma queda que teve em infância. Ninguém em Vila do Conde fala mal dele, mas recordam-se com humor das peripécias do pequeno Fábio.

Corajoso.  A sua tia Fernanda Serrão, com que viveu, falou numa reportagem para O Jogo: “Se lhe dissesse para não se meter em algum sítio era o primeiro em que ele entrava”.

Aquele carácter corajoso marcou-o na sua forma de jogar. É o futebolista que mais camisolas vende, com diferença, no Benfica. E não é só pela sua qualidade, mas também pelo seu carácter. Em pequeno já demonstrava persistência: “Gostava de ir á pesca com a sua cana e com o pai á praia das Caxinas. Voltava com mais peixes que o seu pai (Bernardino), que dedicou a sua vida ao mar”. E também foi educado com responsabilidade. A sua mãe não o perdoava se não fosse á missa ( na igreja do Senhor dos Navegantes) e para assegurar que ele fosse perguntava todos os domingos o vestuário da cura.

Mas Fábio também passou um momento crítico. Foi acusado de levar uma vida dissipada. Por isso teve problemas em Saragoça. Agora, depois de se ter casado e de ter sido pai da sua primeira filha tudo mudou. O mesmo o assegurou: “Acabo o meu trabalho e só tenho vontade de ir para casa com a minha mulher. A minha filha é a minha vida”. Chama-se Vitória, como a águia que sobrevoa no estádio da Luz. Parece que a pequena crescerá em Madrid junto do seu pai, um jovem de origem humilde que foi criado num bairro de pescadores das Caxinas.




Fonte:
AS

1 comentário:

  1. Olá,sou benfiquista e claro que gostaria que o coentrão seguisse no meu glorioso. Admito que o benfica vai sofrer a perda mas rezo para que o coentrão consiga concretizar o seu sonho. Não vejo a hora de o ver brilhar no real madrid. Tenho a certeza que o Mourinho vai conseguir este grande jogador. Já antes do Mourinho querer o coentrão, já imaginava algo parecido, assim que previsoes acertadas. O mourinho nao me ia desiludir. Um portugues mais, a qualidade, um nortenho de garra, humilde, merecedor de todo o prestigio que lhe estão a dar. Desejo-te a maior felicidade... e tranquilito porque sei que vais ir para o madrid porque o mourinho manda, e sendo ele que manda,nao tens como fugir.. Um conselho, faz as malas!

    Felicidades para ti, para a tua linda esposa e a tua linda menina Vitoria

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