São 30 os milhões de euros necessários para levar Fábio Coentrão da Luz e mais 20 milhões para quem quiser garantir os serviços de Cardozo. Em cenário ideal, estes são os montantes que a SAD veria com óptimos olhos para se desfazer dos dois jogadores, se bem que, é sabido, no mercado do futebol é forte o carácter volátil. E se no caso do miúdo das Caxinas o valor é o expresso na cláusula de rescisão, no que diz respeito ao Tacuara o montante é mais um desejo do que propriamente o valor provável de saída, tudo indica... inferior. Seja como for, só com a venda destes dois activos, a sociedade anónima aponta a um encaixe de 50 milhões de euros, e se a estes subtrairmos o investimento previsto - em torno dos 30 milhões, como vem sendo habitual nas últimas épocas - ficamos com 20 milhões de euros de lucro. Uma política que, de resto, Luís Filipe Vieira quer ver cumprida com rigor também nos próximos anos.
Sempre que termina uma época, é hora de olhar novamente para a carteira e arrumar a casa. E se há ainda pelo menos 12 dúvidas no plantel encarnado - entre jogadores que provavelmente serão vendidos, outros que não estão "à venda", mas são negociáveis, e os dispensados ou até cedidos -, certo é que os responsáveis benfiquistas querem ver a balança pender mais para o lado da entrada de euros do que propriamente do aliviar de moeda. Até agora, a política tem sido contratar jogadores a custo zero (ou de baixo custo), sendo que a única garantia mais sonante foi a de Bruno César, que vestirá de águia ao peito a troco de seis milhões de euros. Falta, pois, investir mais cerca de 25 milhões para se chegar ao montante médio aplicado para o arranque das últimas campanhas. Na última época, por exemplo, os encarnados investiram 31,4 milhões de euros em contratações, mas fecharam o mercado de Verão com lucro, ou não tivessem realizado vendas na ordem dos 38,5 milhões. A estes é preciso ainda acrescentar os 25 milhões (preço base) da venda de David Luiz para o Chelsea, fechada a meio da época.
Se Filipe Vieira não pondera agora perder mais do que dois/três jogadores - Javi García também poderá render um encaixe significativo -, a ideia é investir de maneira a que sobrem uns bons 20 milhões de euros. Neste momento, só uma dúzia de elementos (ver quadro) terá a certeza de que continua na Catedral para 2011/12, e falta ainda contratar os habituais nomes mais fortes para animar a massa adepta.
Por agora, o presidente - e também o director-desportivo, Rui Costa - já sabe que há muito trabalho pela frente na arrumação de um plantel que se quer construir com qualidade e... lucro.
Fonte: O Jogo
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